Postado em 07. mar, 2011 por admin em Segurança Marabá(PA)
Álcool/Drogas versus Trânsito, esse foi o tema trabalhado no primeiro dia da SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho,que teve como palestrante a Dra. Marlene, psicóloga.
A palestra que iníciou com uma leve dinâmica para descontrair o ambiente, tratava de assunto muito sério, o perigo da combinação imperfeita entre álcool/drogas e trânsito. Atualmente, em 61% dos acidentes de trânsito que ocorrem, o condutor ingeriu bebida alcoólica antes de assumir o volante. Esta droga reduz a percepção do condutor, diminuindo dessa forma os seus reflexos, o que o predispõe ao acidente. Dessa mistura perigosa resultam por ano aproximadamente 28 mil mortos e 199 mil feridos.
Além do álcool o uso de droga também é frequente na estrada, utilizadas muitas vezes para evitar o cansaço de viagens longas e cumprir metas, falsa realidade.
A droga comumente utilizada por motoristas para se manterem acordados é a anfetamina. Já banida do Brasil, é vendida de forma ilegal, ela chega através de contrabandos que são trazidos de outros países sul-americanos. Dados revelam que nosso país é o terceiro maior consumidor dessa substância. As anfetaminas fazem com que as atividades do sistema nervoso central sejam realizadas com maior velocidade, provocam insônia (falta de sono) e inapetência (falta de apetite). Os consumidores perdem o reflexo, assim, o motorista vê o perigo, sabe que tem que frear, no entanto, pisa funda no acelerador, aumentando as chances de um acidente.
Outro ponto crítico do consumo de rebites são os fatores sociais e de saúde. A droga provoca dependêcia física e psíquica. Entre os efeitos colaterais físicos podemos listar: dor de cabeça, dilatação das pupilas, tontura, aumento dos batimentos cardíacos e de pressão arterial, nariz e bocas ressecados, desnutrição, perda de peso, visão desfocada, lesões irreversíveis no cérebro, entre outros. Os efeitos psíquicos são ainda mais alarmantes, e se resumem em: inquietação motora, ansiedade, sensações de pânico, confusão de pensamento, irritação, agressividade, desorientação e delírios persecutórios (crer que os outros estão tramando contra ele), entre outros. Os motoristas acabam perdendo amigos, esposas, atenção dos filhos e vivem sem participação dentro da sociedade.
A palestra foi encerrada com depoimentos de nossos funcionários. Os que se dispuseram a falar foram: José Adenor, Lincon Andrade, Gilvander Abolis e Eliezer Machado. ‘‘Atualmente vivo melhor devido a trabalhar na Lucena, hoje tenho tempo para cuidar da minha família, ir pegar as crianças na escola, descansar, bater papo com os amigos, e até de me cuidar”, revela o colaborador Gilvander Abolis. ”Antes, devido ao efeito do álcool eu tinha dificuldades para dormir, atualmente eu tenho dificuldade para me acordar” revela o colaborador Elizer entre risos, livre do alcoolismo a alguns anos.
Álcool e drogas não combinam com o trânsito, é de mal gosto, é contra vida. Tenha isso sempre em mente.